Compositores

Caio de Azevedo

Compositor Finalista

Soteropolitano, Caio de Azevedo é compositor e violoncelista. Bacharel em Instrumento pela Universidade Federal da Bahia e Mestrando em Criação Musical-Interpretação (PPGPROM – UFBA) sob orientação da Prof.ª Dr.ª Suzana Kato e aluno de composição do Prof. Dr. Paulo Costa Lima.

É integrante do NEOJIBA (Nucleos de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia), onde atua como violoncelista na Orquestra Juvenil da Bahia e monitor no programa. É membro-fundador do Grupo de Compositores do Neojiba e também aluno do idealizador do grupo, o compositor Renato de Aguiar (Brasil/Suiça).

Como bolsista-compositor participou do 45º Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão e do Festival Internacional SESC de música de Pelotas (2015). Em 2014 foi agraciado com o prêmio Lindembergue Cardoso de composição durante a realização do 1º Seminário de Música Contemporânea e bolsista no 3º Seminário pelo MAB (Música de Agora na Bahia).

Teve obras apresentadas em concertos dedicados ao GCN [2012-2014], pela Orquestra Juvenil da Bahia, Orquestra Sinfônica da UFBA (OSUFBa), Camará Ensemble (Brasil), MIVOS String Quartet (EUA), Quarteto de Cordas Radamés Gnattali (Brasil), International Contemporary Ensemble (EUA) e duas obras apresentadas no encerramento do Reflective Conservatoire Conference (2015) na Guildhall School of Music and Drama, Londres, Inglaterra.

Guilherme Bertissolo

Compositor Finalista

Guilherme Bertissolo é natural de Porto Alegre. Mora em Salvador desde 2007, onde concluiu mestrado e doutorado em composição (com período na University of California, Riverside).

Suas obras tem sido apresentadas em diversas cidades brasileiras, nos EUA e na Europa. Tem participado de festivais e eventos no Brasil e no exterior, estreado obras e publicando artigos regularmente. Coordena os projetos Música de Agora na Bahia e Projeções Sonoras de Música Eletroacústica e é membro atuante da OCA, Oficina de Composição, em Salvador, BA, uma associação civil que produz, registra e divulga arte.

Atualmente, é Professor Adjunto na Escola de Música e do Programa de Pós-Graduação em Música da UFBa e co-editor da ART Review, tradicional revista da Escola de Música da UFBa, recentemente reativada como um periódico online em inglês.

https://guilhermebertissolo.wordpress.com/

Sobre a sua peça selecionada:

Cabelo (Fricotando) é uma homenagem ao cabelo afro, uma fusão crítica entre a canção Fricote, de Luiz Caldas – uma das pedras fundamentais da Axé Music – com gestos e processos contemporâneos, inspirados na ideia de uma textura de “Cabelo Duro”.

A obra homenageia também as mulheres negras, em especial ao cabelo duro e revolucionário de Luíza Mahin, personagem histórica da Bahia, uma das lideranças da Revolta dos Malês. A fusão crítica nos conduz pouco a pouco a excertos de um poema do seu filho, o poeta abolicionista Luis Gama, intitulado “Minha Mãe”. Quando nos deparamos, estamos no ambiente sonoro do poema, numa espécie de ilusão de liberdade, para logo retornamos ao nosso jogo de texturas, emaranhado de fios e cabelos afro.

Definitivamente, eu não pentearia um cabelo afro, se tivesse um.

Emilio Le Roux

Compositor Finalista

Designer gráfico, artista plástico, publicitário e diretor de filmes natural de Lima, Peru. Multiinstrumentista, iniciou seus estudos de música de forma autodidata e sempre em contato com o universo da música clássica e, principalmente, com as raízes andinas e negras da cultura peruana e seus instrumentos.

Mudou para Bahia em 1998. Em 2010 teve seu primeiro contato com os Cursos de Extensão da Escola de Música da Ufba, estudando Composição com Ataualba Meirelles e Paulo Rios Filho. Motivado pelos professores, cursa atualmente o Bacharelado em Composição da Escola de Música da Ufba, onde foi aluno dos compositores Paulo Costa Lima e Marcos di Silva.

Entre suas obras destacam-se: Mar Revolto, para clarinete solo (2011), Precipitações, para quarteto de cordas (2012), Uma miniatura para Jorge Amado (2012) para o Camará Ensemble, e Linhas de Fronteira (2013) executada pela Orquestra Sinfônica da Ufba, assim como uma série de miniaturas de câmara para os Recitais Relâmpago do MAB (Música de Agora na Bahia) em escolas públicas.

Héctor Garcés Puelma

Compositor Finalista

Compositor chileno nascido em Santiago em 1980. Formado em composição na Universidad de Chile, tem desenvolvido uma labor nas áreas de criação e pesquisa musical, através da composição de varias obras para diferentes formações instrumentais e vocais.

Destacam-se o ciclo Duos no Convencionales, integrado pelas peças …y con sus Labios Trenzó(2010); Por Entre las Hebras(2010) e Desde el Centro, los Matices (2011). Compostas todas como resultado da sua pesquisa intitulada El Tercer Instrumento(2011). Onde se foca em algumas das problemáticas mais típicas na hora de combinar instrumentos de características substantivamente diferentes e propondo possíveis soluções composicionais para essas problemáticas.

Também é de importância sua obra Para Cuando Salga El Sol(2006), onde explora o mundo dos live electronics em combinação com ferramentas audiovisuais e o piano. Esse trabalho foi premiado no II concurso de projetos da Comunidad Electroacústica de Chile (CECH) no ano 2006, e realizado no Laboratorio de Investigación y Producción Musical (LIPM) em Buenos Aires, Argentina. Local onde teve a possibilidade de aprofundar na utilização de diferentes tecnologias.

São também importantes suas obras CalleCalle(2008) para orquestra de câmera – Prêmio no I Concurso de Composição da Orquestra de Câmera de Valdivia (2015) e finalista no IV Concurso de Composição Luis Advis (2008); Instrucciones para Bordar una Arpillera(2009), obra já interpretada em importantesfestivais e encontros de saxofone em America e Europa e Interior(2015) para conjunto de câmera, obra encomendada pela obtenção do I PrémioLindembergue Cardoso de Musica Contemporânea em Salvador da Bahia (2014).

Atualmente, encontra-se realizando estudos de pós-graduação em composição musical na Escola de Música da UFBA, desenvolvendo uma pesquisa que propõe um diálogo entre composição musical com alguns dos princípios fundamentais da arquitetura de Oscar Niemeyer.

Sobre a sua peça selecionada:

“Pra que!”

Duas melodias da minha infância na década de 1980 em Santiago do Chile. Uma delas anterior ao surgimento do movimento Axé – “Balancê” – e a outra conhecida hoje como o primeiro grande sucesso desse estilo musical – o “Fricote”, configuram o meu primeiro contato com música feita na Bahia, quando nem sabia da existência de uma terra com esse nome.

Sendohoje compositor e baiano temporário, não resisti à ideia de me basear nessas lembrançaspara oferecer minha própria visão (de fora, mas carinhosa) daquele movimento cultural que ultrapassou fronteiras. O qual cheguei conhecer de primeira fontenesses últimos dois anos, nas minhas freqüentes caminhadas – cervejinha na mão – pelas praias de Salvador, onde habitam as personagens que inspiram essas canções e tudo cheira Axé.

Chamará a atenção do ouvinte a inclusãode alguns trechos da definição do Axé musicachada na Wikipédia(pós-modernismo,presente!). Como tambémalguns refrães típicos: o-io-io, le-le-le-o.

Cantemos juntos?

Túlio Augusto

Compositor Selecionado

Túlio Augusto (1983) é compositor, guitarrista e gaitista. Graduado em Composição pela Universidade Federal da Bahia, especialista em Psicanálise, mestre em Composição com a tese “Intertextualidade Idiomática Como Estruturação do Discurso Composicional”, mestrando em Ensino de Música e doutorando em Composição na Universidade de Aveiro. Estudou com Paulo Costa Lima, Sara Carvalho, Fernando Burgos, Wellington Gomes e Agnaldo Ribeiro. Túlio Augusto é membro fundador da OCA  – Associação Civil Oficina de Composição Agora, instituição responsável pela realização de importantes projetos culturais no cenário nacional e internacional, a exemplo do MAB – Música de Agora na Bahia Série Brasil/ Noites Culturais – Salvador e suas Vanguardas. Participa ativamente nos âmbitos da música erudita e popular, tendo atuado no Brasil, Qatar, Portugal, Suécia, Holanda, Bélgica, Inglaterra, Israel, França, Espanha e Dinamarca. Desenvolve projetos de âmbito artístico e educacional com integração de vários segmentos artísticos.

Jâmison Sampaio

Compositor Selecionado

Mestrando em Educação Musical pela Universidade Federal da Bahia. Em 2014, graduou-se no curso de bacharelado em violão com nota máxima, na mesma instituição. Após ter concluído a graduação, estudou composição durante um semestre com o prof. Dr. Wellington Gomes. Desde 2011, participa da Orquestra de Violões da UFBA como instrumentista, compositor e arranjador. Em 2013, participou da gravação do CD da Orquestra de Violões, sendo um dos responsáveis pela adaptação de um concerto gravado.

Durante a graduação, estudou violão com os professores Dr. Mario Ulloa e Me.Ricardo Camponogara de Mello.

Eduardo Lago Nunes

Compositor Selecionado

Premiado no concurso de composição Prof. Fernando Burgos, com a peça para orquestra de câmara, Zona Abissal (2012).

Teve a obra para orquestra, Ab’Origene, estreada pela OSBA sob regência do maestro Carlos Prazeres (2015).

Teve obra para orquestra de câmara, Veleiro Fantasma, estreada pela OSUFBA sob regência do maestro Wellington Gomes.

Foi diretor musical da releitura Desamado, sob direção de Denisson Palumbo (2012).

Foi bolsista PIBIC no projeto Verificando inconsistências nas teorias de contornos musicais através de ferramentas computacionais e Musicologia computacional no estudo dos contornos musicais de obras do gênero Choro. Ambos sob orientação do Dr. Marcos Sampaio.

Atualmente estagia no arquivo da OSBA e aguarda o termino das greve nas universidades federais para concluir o sétimo semestre.

George Cristian

Compositor Selecionado

Nascido em Salvador (BA), no dia 10 de agosto de 1981, o cantor, compositor e violonista George manifestou desde cedo interesse pelas artes, começando pelo desenho na infância, passando pela poesia e pela música em sua adolescência. Licenciado em Letras Vernáculas com Inglês pela UFBA em 2006, ele escreve poemas desde 1997, tendo sete livros ainda não publicados – alguns desses, transformados futuramente em canções. Aprendeu violão erudito e popular aos 14 anos e, apesar de ter encontrado alguns instrutores que lhe ensinaram na execução do violão durante seus anos de aprendizado musical, forjou o seu estudo teórico e o seu estilo de compor de maneira autodidata desde 1998. Aprendeu também rudimentos em contrabaixo, flauta, gaita, digeridoo e técnicas de composição eletroacústica em 2009, com o professor e compositor Guilherme Bertissolo. Desde 2008, vem lançando trabalhos individuais e colaborando com diversos artistas.

Paralelamente aos compromissos profissionais e acadêmicos, ele vem desenvolvendo sua carreira musical, manifestando interesse tanto pelo registro de suas canções quanto, também, pela música instrumental – tendo peças escritas basicamente para conjuntos de câmara, solo (para violão elétrico) e algumas obras acusmáticas. Ele já lançou uma discografia de dez álbuns virtuais, participou de compilações e colaborou como músico convidado para alguns artistas. George Christian já se apresentou como músico convidado (Concerto Lembrando Smetak, em 2013) e como artista solo em alguns lugares em Salvador. Atualmente, ele continua desenvolvendo seu trabalho solo como músico experimental e trabalha com a banda de rock Vento Bravo e com o conjunto Harcabaça, além de atuar como graduando no Bacharelado em Composição pela UFBA e como professor de inglês.

Danilo Freitas Valadão

Compositor Selecionado
Danilo Freitas Valadão nasceu em 13 de outubro de 1987, em Juazeiro (BA). Entrou para o mundo da música quando arriscou seus primeiros acordes no violão de seu pai aos 12 anos.
Em 2008, ingressou na faculdade de música, no curso de Composição, enquanto ainda cursava o terceiro ano de Direito, tendo abandonado o último ao término do ano para se dedicar somente à música. Foi aluno de grandes nomes como Wellington Gomes, Pedro Kröger ( ambos composição e literatura e estruturação musical), Paulo Costa Lima (Análise), Agnaldo Ribeiro (composição), Flávio José de Queiroz (literatura e estruturação musical), Suzana Kato (violoncelo), Pablo Sotuyo (História da Música), entre outros.
Em 2010 veio seu primeiro grande êxito: compôs sua primeira obra sinfônica, “A Tempestade”, feita para avaliação nas aulas Wellington Gomes e que acabou sendo ganhadora do prêmio máximo da XIX Bienal de Música Contemporânea da Funarte e de lá pra cá tem tido obras executadas em chamadas locais, nacionais e internacionais, trabalhado com trilha para teatro, filmes etc., participado de workshops com grandes nomes do cenário contemporâneo, tais quais, Eric Ewazen (EUA), Felipe Lara, Liduíno Pitombeira, Quarteto MIVOS (EUA), entre outros.
Mais recentemente, junto a outros colegas, coordenou o Festival Internacional Germina.Cciones, criado para incentivar a interação entre compositores e performers, foi selecionado para o 46° Festival Internacional de Campos do Jordão, onde tomou aulas com Aylton Escobar e atualmente é aluno do Programa de Pós-Graduação Profissional da UFBA, fazendo Mestrado em Educação Musical, orientado por Joel Barbosa.

André Fidelis

Compositor Selecionado

Graduando em composição pela EMUS-UFBA desde 2010, sendo aluno de professores conceituados nacionalmente, tais como Wellington Gomes, Paulo Rios, Guilherme Bertissolo e Marcos Di Silva. Participou de Workshops e Master Classes com compositores conhecidos internacionalmente, tais como Roberto Victório, Paulo Chagas, Liduino Pitombeira, João Pedro Oliveira, Jaime Reis, Tatiana Catanzaro e Felipe Lara.

Suas peças, que variam desde solos, duos e quintetos, até orquestras de câmara, já foram executadas pela OSUFBA, Orquestra de Violões da UFBA e Ensemble DME Collegium Musicum Electroacústico (Portugal).

Além destes trabalhos, participou do projeto Nanook Ensemble, uma parceria entre intérpretes e compositores, realizando música para cinema, que resultou em apresentações no “I Festival de Documentários de Cachoeira – CachoeiraDoc” (2010) e “I Seminário Internacional Ouvir o Documentário – Música, Vozes e Ruídos” (2012). Foi professor de teoria e percepção musical no Curso de Extensão da EMUS-UFBA, de 2012.2 a 2013.2.