Héctor Garcés Puelma

Compositor Finalista

Compositor chileno nascido em Santiago em 1980. Formado em composição na Universidad de Chile, tem desenvolvido uma labor nas áreas de criação e pesquisa musical, através da composição de varias obras para diferentes formações instrumentais e vocais.

Destacam-se o ciclo Duos no Convencionales, integrado pelas peças …y con sus Labios Trenzó(2010); Por Entre las Hebras(2010) e Desde el Centro, los Matices (2011). Compostas todas como resultado da sua pesquisa intitulada El Tercer Instrumento(2011). Onde se foca em algumas das problemáticas mais típicas na hora de combinar instrumentos de características substantivamente diferentes e propondo possíveis soluções composicionais para essas problemáticas.

Também é de importância sua obra Para Cuando Salga El Sol(2006), onde explora o mundo dos live electronics em combinação com ferramentas audiovisuais e o piano. Esse trabalho foi premiado no II concurso de projetos da Comunidad Electroacústica de Chile (CECH) no ano 2006, e realizado no Laboratorio de Investigación y Producción Musical (LIPM) em Buenos Aires, Argentina. Local onde teve a possibilidade de aprofundar na utilização de diferentes tecnologias.

São também importantes suas obras CalleCalle(2008) para orquestra de câmera – Prêmio no I Concurso de Composição da Orquestra de Câmera de Valdivia (2015) e finalista no IV Concurso de Composição Luis Advis (2008); Instrucciones para Bordar una Arpillera(2009), obra já interpretada em importantesfestivais e encontros de saxofone em America e Europa e Interior(2015) para conjunto de câmera, obra encomendada pela obtenção do I PrémioLindembergue Cardoso de Musica Contemporânea em Salvador da Bahia (2014).

Atualmente, encontra-se realizando estudos de pós-graduação em composição musical na Escola de Música da UFBA, desenvolvendo uma pesquisa que propõe um diálogo entre composição musical com alguns dos princípios fundamentais da arquitetura de Oscar Niemeyer.

Sobre a sua peça selecionada:

“Pra que!”

Duas melodias da minha infância na década de 1980 em Santiago do Chile. Uma delas anterior ao surgimento do movimento Axé – “Balancê” – e a outra conhecida hoje como o primeiro grande sucesso desse estilo musical – o “Fricote”, configuram o meu primeiro contato com música feita na Bahia, quando nem sabia da existência de uma terra com esse nome.

Sendohoje compositor e baiano temporário, não resisti à ideia de me basear nessas lembrançaspara oferecer minha própria visão (de fora, mas carinhosa) daquele movimento cultural que ultrapassou fronteiras. O qual cheguei conhecer de primeira fontenesses últimos dois anos, nas minhas freqüentes caminhadas – cervejinha na mão – pelas praias de Salvador, onde habitam as personagens que inspiram essas canções e tudo cheira Axé.

Chamará a atenção do ouvinte a inclusãode alguns trechos da definição do Axé musicachada na Wikipédia(pós-modernismo,presente!). Como tambémalguns refrães típicos: o-io-io, le-le-le-o.

Cantemos juntos?